BB. Que importância um bom networking teve para a construção da sua carreira?
ML. “Networking sempre foi uma das colunas centrais da minha trajetória profissional. Desde o início da minha carreira, percebi que as conexões que construí com integridade, generosidade e autenticidade abriram portas que o currículo sozinho jamais abriria. Cada grande projeto que liderei, cada oportunidade internacional e até os momentos mais desafiadores foram atravessados com o apoio e a força das minhas redes. Para mim, networking nunca foi sobre quantidade, mas sobre qualidade: cultivar relações de confiança, onde há troca real de valor e crescimento mútuo. Foi por meio dessas conexões que transformei ideias em negócios e encontrei parceiros estratégicos para construir o que é hoje a NewCo.”
BB. O que é preciso para cultivar bons relacionamentos?
ML. “Cultivar bons relacionamentos exige presença, intenção e constância. Acredito muito no poder da escuta ativa — ouvir genuinamente, sem pressa, buscando entender e não apenas responder. Também é essencial entregar valor antes de esperar algo em troca. Isso pode ser uma ideia, uma conexão, um apoio sincero. Outro ponto importante é o cuidado com os pequenos gestos: lembrar um aniversário, mandar uma mensagem após uma reunião, agradecer com autenticidade. São atitudes simples que mostram que você se importa. No fundo, relacionamentos de verdade se constroem com respeito, confiança e generosidade. E como em qualquer jardim, é preciso regar sempre.”
BB. O que é mais difícil: fazer um novo relacionamento ou mantê-lo?
ML. “Fazer um novo relacionamento pode parecer desafiador, especialmente para quem é mais reservado, mas na minha experiência, o verdadeiro desafio está em manter o relacionamento ao longo do tempo. Construir confiança exige consistência. Manter-se presente, mesmo quando não há interesses imediatos envolvidos, é o que diferencia conexões superficiais de relações sólidas.”
BB. Qual é a maior dificuldade que as pessoas têm em se relacionar?
ML.“Acredito que a maior dificuldade está na escuta. Muitos se aproximam já pensando no que vão dizer, em vez de ouvir de forma genuína. Relacionar-se bem exige empatia, abertura e disposição para compreender o outro sem julgamentos.”